Toda empresa tem a chance de falir. Como também, toda empresa nasce para crescer e prosperar. Acontece que os índices negativos se repetem mais vezes do que os índices positivos. Isso deveria desestimular a abertura das empresas, no entanto, o ímpeto de empreender no intuito de suprir a necessidade financeira ou realizar um sonho é maior.
Mesmo “consciente” dos riscos, lamentavelmente as coisas acontecem de forma aleatória, objetivando a realização de um sonho ou algo do tipo, por falta de consciência.
O brasileiro tem diversas qualidades, entre elas; de aventureiro, de trabalhador e a coragem de apostar no “escuro”, qualidades que podem também conduzi-lo à lista dos perdedores. Tudo dependerá da preparação e da forma com que o processo de gestão será executado e adequado.
“Seus amigos te encorajam, você já sabe como vai ser a decoração, vai escolher pessoalmente as músicas e sair da cozinha de vez em quando para sentar com os convidados, tudo maravilhoso etc.
E por outro lado a realidade do dia a dia, que é lidar com funcionários, perdas, reclamações, comunicação, processos de gestão e melhorias, limpar caixa de gordura etc”. Esse é o relato retirado do texto “Não abra um restaurante”, por Rafael Mantesso; uma narrativa para quem quer abrir um restaurante.
Um boa descrição do dia a dia de uma empresa (no caso aqui de um restaurante). Eu, Paulo Eduardo Dubiel, profissional especialista em gestão, asseguro que o cenário de uma empresa antes dos dois ou três anos de vida é delicado.
Uma empresa pode ou não começar com um faturamento positivo, tudo depende da forma com que a empresa inicia suas atividades, o como ela é gerida e de que forma o negócio acontece. Não há regra e nem receita pronta para iniciar uma empresa!
No entanto, tudo vai se adequando e ganhando forma. Mesmo com um excelente plano de marketing (quando sua base é resultado de uma boa pesquisa e avaliação), o empresário ainda poderá sofrer com a necessidade dos ajustes diários.
É parte do crescimento empresarial e até profissional! As empresas e os empresários que não crescem, estão ficando para trás.
Não existe o ponto neutro, ou a empresa está crescendo ou estará declinando. Para se obter uma adequação perfeita às vontades do consumidor é necessário investir em projetos de pesquisa e processos de avaliação. Não se pode adequar um processo ou uma empresa a algo criado pelo achismo.
Um negócio prospera quando atende as necessidades do consumidor, ou seja, o consumidor precisa da empresa, do produto, serviço ou do negócio como um todo, seja para saciar a gula, para envaidecer seu ego ou melhorar a saúde. Se não houver a necessidade de consumo e a adequação da empresa a essa necessidade, será quase impossível seguir com uma empresa próspera.
No mercado nada pode dar errado. Como também, nada pode ser um peso para a vida do empresário e dos colaboradores. Cada erro trará consequências, e o resultado das ações reparativas, somadas às ações necessárias e às preventivas é que determinará o tamanho do esforço para manter e mover a empresa de forma crescente e lucrativa.
Os empresários perdem com suas decisões erradas e com seus erros de comportamento. Se não houver erro, não haverá necessidade de reparo e não haverá força contrária ao crescimento do negócio. O tempo e os recursos ficam livres para serem investidos na conquista e retenção dos clientes.
É um erro do empresário tomar decisão sobre o “achismo”; como também, é um erro tentar – no sentido de “tenho que arriscar”; tais exemplos fazem analogia à frase: “são nas pequenas pedras que o homem tropeça”. O erro é a pedra de tropeço no caminho do empresário – decisões erradas e precipitadas.
O empresário precisa faturar! Contudo, se o foco estiver no faturamento, ele não experimentará o seu potencial e o potencial real da sua empresa. O foco nunca pode ser o resultado, o foco tem que ser o planejamento, a execução e a adequação. Não há acesso ao resultado, ele acontecerá; e depois que acontecer, nada mais mudará.
O resultado pode ser melhorado, em outro processo, com a reparação do planejamento ou a adequação da gestão.
O cerne da questão é o que está dentro do empresário – se consciência ou apenas pensamentos, emoções e sentimentos; a base das decisões é motivada por quê, e como? É fato que os fatores externos são consequências dos internos, e que eles não interferem num plano elaborado com consciência e executado com excelência.
O segredo do sucesso é a paixão, é acreditar verdadeiramente no sucesso do negócio e perseverar de forma profissional.
Ser um excelente cozinheiro é diferente de ser um excelente gestor ou administrador.
São funções diferentes, com responsabilidades diferentes e que exigem também talentos diferentes. Quando o empresário não reconhece essa diferença, ele pode fazer parte da lista que indica os altos índices de declínio de uma empresa, profissionais que não são empresários ou vice-versa.
Pessoas que sonham com seu negócio, mas esquecem de avaliar, pesquisar e planejar de forma profissional e com conhecimento de causa.
O sistema facilita a abertura de empresas, mas não capacita o profissional para conduzi-la (assim como exige a Carteira Nacional de Habilitação, com a capacitação de um motorista para conduzir um veículo). As novas empresas são comparadas aos “cordeiros atirados aos lobos”… quando as chances de sobreviverem são mínimas.
A realidade dos fatos é que grande parte dos empresários querem lucrar o mais rápido possível, querem sucesso etc. Mas poucos sabem o preço que pagarão por isso. Menos ainda são os que pesquisam, planejam, e os profissionais de fato, são minoria.
O dia a dia de uma empresa pode ser próspero ou um verdadeiro pesadelo, tudo dependerá da base do planejamento, de como o processo de gestão é executado e da velocidade com que a adequação acontece.
Vence não apenas o melhor, vence o mais rápido.