As Pequenas Empresas Planejam e Inovam

As Pequenas Empresas Planejam e Inovam
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Pequenas empresas planejam e inovam com ações inteligentes, estudadas e executadas de forma estratégica.

Primeiramente, é importante entender que a maioria das pequenas empresas possuem conceitos distorcidos de planejamento estratégico, pesquisa de marketing, melhoria contínua, qualidade total, entre outros. Elas entendem que essas ações são para as grandes empresas e que fogem dos seus orçamentos, sem calcular o custo benefício do investimento.

No entanto, a questão é mais cultural que medida pelo tamanho e porte da empresa. Posso afirmar que toda empresa com potencial de crescimento, seja ela pequena ou grande, tem condição de investir em na consultoria empresarial e obter resultados mais que satisfatórios. Resultados esses, que cobrem o valor investido e geram lucro.

Nesse sentido, temos exemplos também de grandes empresas que operam com suas metas e objetivos de forma aleatória, sem planejamento, pesquisa e ações estratégicas de melhoria. Essas chegam a alcançar grandes resultados a curto e médio prazo; porém, sem ações sustentáveis e resultados duradouros, declinam com o tempo.

Seja como for, as pequenas empresas também agem com inteligência, dando mais importância ao consumidor, ouvindo o cliente, pesquisando e planejando antes de inovar e executar uma boa ideia. São essas que crescem e prosperam continuamente. Quem já não ouviu falar da: Cacau Show, Mabel e até mesmo do Facebook? Todos eram pequenos e cresceram com processos assertivos e sustentáveis.

Com isso, podemos afirmar que as pequenas empresas planejam e inovam assim como as grandes.

O TEMOR PELO DESCONHECIDO E A ZONA DE CONFORTO

A princípio, em algumas empresas, estudar melhorias e métodos inovadores causa temor aos empresários e colaboradores; afinal, sair da zona de conforto nunca é fácil. É quando a influência do hábito de tomar decisões apenas com base no conhecimento linear e nas experiências adquiridas parece suficiente para garantir o resultado esperado.

Contudo, a tomada de decisão segura depende de diversas informações que estão bem acima da experiência e do conhecimento cotidiano unilateral. Pode-se atribuir a principal causa de declínio das empresas às decisões com base no conhecimento unilateral. Assim como, podemos afirmar que as empresas que planejam e inovam com base em pesquisa, avaliação e adequação geram melhores resultados.

Em outras palavras, tudo muda o tempo todo. Por isso, a experiência é fundamental e o conhecimento passado não faz referência ao cenário presente carregado de novas necessidades. O empresário que toma decisões sem pesquisar e analisar tem forte chance de gerar problemas no processo de gestão da empresa e consequentemente nos resultados financeiros.

Como resultado, na maioria dos casos, ao tentar reparar tais problemas gerados por decisões erradas, o empresário gera uma superposição de problemas que esconde cada vez a mais a causa geradora. Com isso, a causa raiz do problema permanecerá gerando problemas e danos e impedirá a empresa de crescer o tanto que poderia. Ou seja, uma decisão errada é suficiente para desencadear uma série de problemas; vejamos.

A DECISÃO E A DIFERENÇA ENTRE CAUSA E CONSEQUÊNCIA

A princípio, toda decisão gera uma consequência seja pessoal, profissional e empresarial. Tal resultado, seja ele negativo ou positivo, dependerá da clareza das informações, da visão e do alcance na identificação do que realmente deve ser feito. No entanto, apesar de parecer simples, a relação entre causa e efeito é complexa. Vejamos!

O sistema empresarial é complexo, e se torna ainda mais complexo quando o assunto é a tomada de decisão que, por menor que seja, vai definir o processo e o futuro da empresa. Quando a decisão errada gera o problema futuro, esse resultado gerado pode gerar outros problemas, desencadeando uma série de problemas que maquiará cada vez mais o fato causador. Preste atenção!

Vamos entender, e exemplificar com uma causa geradora de problemas constantes: o empresário contrata o RH errado, que contrata a equipe errada. Veja que a causa do problema foi a contratação do RH, e o problema será identificado no resultado da equipe; com isso, outras contratações erradas serão feitas e novos problemas aparecerão.

Outro exemplo simples, da causa raiz do problema, que desencadeia a perda de receita e de cliente é o processo de gestão ou sistema financeiro lento que gera gargalo no faturamento e com isso a insatisfação do cliente. O problema será atribuído à equipe de vendas, ao atendimento, ao produto, ao preço etc.

Confundir causa com consequência é algo comum, em função da miopia administrativa e da facilidade que qualquer gestor tem em “resolver” um problema aparente – que nada mais é que a consequência sempre acessível e superficial de uma determinada causa.

A complexidade dessa relação de causa e efeito é, muitas vezes, difícil de distinguir em função da ligação de uma única causa individual e seus efeitos diversos ou diversas causas com seus efeitos específicos.

Neste pensamento, a maior causa dos problemas existentes nas empresas é a decisão errada do empresário quando ele “leva” as coisas para o lado pessoal e “acha” saber muito e não precisar de dados e informações reais sobre o seu próprio processo empresarial antes de tomar a decisão.

PARA INOVAR É NECESSÁRIO PESQUISAR E PLANEJAR

Sobretudo, é imprescindível entender que a ausência do processo de pesquisa e avaliação, antes da tomada de decisão, gera cada vez mais problemas na empresa. Inovar é necessário, tal como ter a consciência de que a informação em tempo real e o planejamento são insubstituíveis para a tomada de decisão segura.

Bem como, todo negócio pode melhorar em todos os sentidos – no potencial produtivo, na melhoria do clima organizacional, na conquista e retenção de clientes, e consequentemente no aumento do faturamento e no crescimento contínuo e crescente – independente do cenário, da posição da empresa e das circunstâncias que a envolve.

O que é comum entre os empresários, porém não aconselhável na visão de inovar, é esquivar-se das necessidades do consumidor e colaborador e ficar tentando adivinhar e criar serviços e produtos com base no “achismo” para depois testar no cliente. Isso é um erro que geralmente resulta em desperdício e prejuízo financeiro na imagem da empresa e no posicionamento do produto ou serviço perante o mercado.

Tem um pensamento que diz: “falar é fácil, difícil é fazer”. Na verdade, o fundamento real deste ditado é que a boa ideia muitas vezes não é tão fácil de ser executada. Muitos têm boas ideias, e poucos o conhecimento de como colocá-las em prática. O como fazer as coisas darem certo, o processo de gestão que será utilizado e o controle dos resultados adquiridos, é mais complexo que o conceito da ideia inicial.

Mesmo assim, há quem divulgue que o segmento de varejo está entre os mais inovadores, tendo como exemplo: a expansão do e-commerce, as mudanças nas últimas décadas no atendimento, layout, cadeias de abastecimentos e produtivas, como na logística e nos custos dos produtos.

E agora, não sabemos se retrocesso nas políticas de retenção com base nas relações comerciais de excelência no relacionamento, ou avanço da tecnologia que independe do relacionamento e adere à frieza comercial da relação virtual. O tempo mostrará para as empresas que conseguirem “unir o útil ao agradável” o valor do relacionamento.

Porém, independente do segmento de mercado, todos tem o foco na lucratividade; poucos conseguem internalizar que o dono do negócio é o consumidor e que a maior lucratividade que uma empresa pode ter é a conquista e retenção do cliente.

QUAL MELHOR MOMENTO PARA INOVAR

De antemão, é possível inovar em qualquer segmento, a qualquer hora, em qualquer lugar e para o público que for; porém, a razão para inovar é fator preponderante para iniciar a ação, pois nem sempre é momento de inovar. O melhor é contratar um consultor externo antes de tomar a decisão.

A necessidade vem do cliente, é ele quem determina aquilo que está faltando ou como desejaria encontrar. Cabe à empresa atender com velocidade os desejos dos clientes, pois a empresa que vence é aquela que atende mais rápido, melhor e com mais qualidade essas necessidades.

Ou seja, nem sempre é momento de inovar, porém sempre será necessário melhorar continuamente, com base na avaliação dos resultados e nas pesquisas de satisfação. A inovação é caracterizada pela mudança periódica simples ou complexa de um layout, ação, produto ou serviço. Já a melhoria contínua faz parte do dia a dia do comportamento individual e coletivo da equipe e do processo de gestão utilizado.

Contudo, melhoria e inovação são processos diferentes e sistemáticos que para serem incorporados na empresa não basta incentivar a geração de ideias e motivar os colaboradores a terem comportamentos voltados para tais ações.

Na verdade, a melhoria é uma relação intrapessoal/individual, que reflete no clima organizacional e no relacionamento interpessoal/equipe, resultando na qualidade do atendimento e no potencial da equipe em agir com efetividade e criatividade.

Para mover essa cultura de inovação é necessário entender a realidade do consumidor e tratar tal ação assim como tratamos os processos de atendimento, vendas, distribuição etc. Tem que seguir o planejamento, rotina, orçamento, indicadores, metas, objetivos e resultados; inovar na prática e não apenas no papel, colocar colaboradores para servirem em oportunidades reais de sucesso e fazer com que os resultados sejam contínuos e sustentáveis.

Definitivamente, quem não melhora e não inova, em pouco tempo fica obsoleto e tende a sair do mercado. Não existe o tempo neutro, ou a empresa estará crescendo ou declinando, mesmo que aparentemente esteja avançando, parada ou retrocedendo.

Vale ressaltar que, inovação é uma atividade de risco, mesmo com base na expectativa real do consumidor. Por isso, é importante estar preparado para corrigir e reverter rapidamente o erro em benefício e crescimento. É importante entender que não são as grandes inovações e mudanças que farão o negócio deslanchar positivamente.

O melhor e mais indicado é acreditar nas pequenas e constantes ações de melhoria e inovação, elas oferecem menos risco e permitem correções rápidas sem prejuízo; “são nas pequenas pedras que o homem tropeça”. São nas pequenas e simples ações que a empresa cresce com a sua equipe e são os detalhes que fazem a diferença!

SUSTENTABILIDADE NO CARÁTER E NA ÍNDOLE

Em síntese, não podemos deixar de comentar sobre o quanto o caráter e a índole da empresa interferem na sustentabilidade das pequenas e grandes empresas que planejam e inovam. No âmbito do nosso dia a dia, empresariando ou colaborando para uma empresa, teremos melhores e mais céleres resultados sendo congruentes. Principalmente ante o viés político conflitivo que temos hoje.

Claro que, numa democracia todos temos participação e opinião, mas devemos nos lembrar que não existe direito individual cujo sentido não se materialize no direito coletivo ditado por quem têm o poder. E, quem tem esse poder de decidir pela empresa é o empresário e o poder de decidir pelo negócio é o consumidor.

Ou seja, empresas e consumidores formam o conceito sustentável de circularidade, compreendido na Autopoiesis, que vamos explicar abaixo. Os benefícios da sustentabilidade podem ser contemplados a curto, médio e de longo prazo de forma mais objetiva, porém, nunca de forma imediatista e isolada. As ações sustentáveis nascem no individual e crescem no coletivo.

Dessa forma, falar no coletivo, em sustentabilidade e esquecer do caráter e da índole individual ou empresarial é o mesmo que erguer um prédio sem base. A sustentabilidade está enraizada na forma de pensar, no comportamento, nas ações pessoais e empresarias.

Logo, pensar de forma sustentável é pensar no coletivo, esse é o primeiro passo antes de tentar agir ou elaborar um projeto sustentável. De nada adianta adotar um conceito coletivo para atender ou alcançar um resultado individual. Todo objetivo individual, para se tornar sustentável, precisa ser visto de forma coletiva conforme tudo acontece.

AUTOPOIESIS E A CIRCULARIDADE É CONDIÇÃO SUSTENTÁVEL

Primeiramente, não há como falar de sustentabilidade e pensamento coletivo sem conhecer profundamente o sentido da Autopoiesis – quer dizer autoprodução, o termo poiesis é grego e significa produção. A palavra surgiu pela primeira vez na literatura internacional em 1974, num artigo publicado por Varela, Maturana e Uribe, para definir os seres vivos como sistemas que produzem continuamente a si mesmos – são sistemas autopoiéticos por definição, porque recompõem continuamente os seus componentes desgastados.

O termo “autopoiese” traduz o “centro da dinâmica constitutiva dos seres vivos”. Para exercê-la de modo autônomo, ela precisa recorrer a recursos do meio ambiente. Em outros termos, são ao mesmo tempo autônomos e dependentes. Trata-se, pois, de um paradoxo.

Nesse sentido, essa condição paradoxal não pode ser adequadamente entendida pelo pensamento linear, pois este analisa as partes separadas, sem empenhar-se na busca das relações dinâmicas entre elas.

Tal termo é melhor compreendido por um sistema de pensamento que englobe o raciocínio sistêmico (que examina as relações dinâmicas entre as partes) e o linear. Sendo os sistemas autopoiéticos a um só tempo produtores e produtos, pode-se também afirmar que eles são circulares, ou seja, funcionam em termos de circularidade produtiva.

Acima de tudo, é necessário entender que nada é impossível ao profissional que se prepara de forma equilibrada para conquistar a riqueza e manter o sucesso em paz e amor. As empresas precisam de programas sustentáveis; assim como, o empresário precisa adotar ações duradouras para promover as políticas de atração e retenção.

AS PEQUENAS EMPRESAS PLANEJAM E INOVAM

Sobretudo, as pequenas e grandes empresas planejam e inovam com ações inteligentes, planejadas e executadas de forma estratégica, ou permanecem operando de forma aleatória. Ambas, refletem os resultados das suas decisões e podem mudar seus resultados para melhor ou pior, independente do cenário positivo ou negativo.

Ou seja, tudo muda o tempo todo em qualquer segmento, a qualquer hora, em qualquer lugar e com o público que for; porém, a razão para inovar é fator preponderante para iniciar a ação, pois nem sempre é momento de inovar. Lembre-se que, tudo tem seu tempo certo, e o resultado dependerá do como fazer e não apenas do que você fará.

Em suma, o ambiente necessita de ações complexas, sérias, que proporcionem resultados em longo prazo, projetos que tenham continuidade até que atinjam o limite da autoprodução – quando o valor agregado a todo cenário alimenta o processo de crescimento circular, proporcionando o desenvolvimento pessoal de cada um por completo, contribuindo assim para o ambiente como um todo do qual somos e não apenas fazemos parte dele.

Em conclusão, a sustentabilidade é a característica ou a condição do processo ou do sistema que alimenta a sua permanência com resultados contínuos e duradouros. As ações sustentáveis tem um preço a ser pago pelas empresas, para que gerem valor e retorne como lucro ao alcançar as atividades humanas.

Por fim, o objetivo é suprir as necessidades atuais dos seres humanos com sistemas autopoiéticos e processos de circularidade que contribuem para o ambiente como um todo do qual somos e não apenas fazemos parte dele. Independente do tamanho da empresa é fundamental: pesquisar, planejar, capacitar, avaliar e adequar num processo de melhoria contínua e qualidade total.

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